Eduardo Fernandez; Mário Gomes. 2020. Crepinella pallens (Araliaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com a seguinte distribuição: AMAZONAS, Santa Isabel do Rio Negro.
Árvore com até 12 m, endemica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em Construção, 2020), documentada em Floresta Ombrófila Densa e Vegetação sobre afloramentos rochosos associados a Amazônia no estado do Amazonas, município de Santa Isabel do Rio Negro. É restrita às porções mais elevadas do Parque Nacional do Pico da Neblina, uma das regiões mais remotas do Brasil. Possui distribuição conhecida restrita, EOO=8 km², AOO=8 km² e duas situações de ameaça. Entretanto, é conhecida por somente uma coleção realizada em 2012 além do material-tipo, documentado em 1965 (Maguire, 1984). Desde então, pouco se avançou em relação ao seu estado de conhecimento, e portanto, diante da carência de dados geral, e pelo fato da espécie ter sido descrita a partir de material coletado em uma região onde esforços de coleta são considerados insuficientes e onde predominam na paisagem fitofisionimias florestais em estado prístino, a espécie foi considerada como Dados Insuficientes (DD) neste momento. Estudos direcionados buscando encontrar a espécie na localidade típica e em outras localidades próximas fazem-se necessários para melhorar o conhecimento sobre sua distribuição e dinâmica populacional e assim possibilitar uma robusta avaliação de seu risco de extinção.
Descrita em: Novon 27: 258. 2019. É afim de S. rugosifolia, mas difere pelas flores mais congestas e frutos com pedicelos mais curtos, ausência de rugosidade na superfície superior da folha e no tom acastanhado da superfície inferior da folha (Maguire, 1984).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 2.1.3 Agro-industry farming | habitat | past,present,future | regional | medium |
A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da agroindústria (Charity et al., 2016). Segundo Fearnside (2001), a soja é muito mais prejudicial do que outras culturas, porque justifica projetos de infraestrutura de transporte maciço que desencadeia outros eventos que levam à destruição de habitats naturais em vastas áreas, além do que já é diretamente usado para o seu cultivo. Em função do cultivo de soja a agroindústria nacional se interiorizou, a fronteira agrícola, a avicultura e suinocultura expandiram, novas fronteiras foram abertas e cidades fundadas no interior, surgindo como um novo fator responsável pela destruição da floresta (Domingues e Bermann, 2012). A produção de soja é uma das principais forças econômicas que impulsionam a expansão da fronteira agrícola na Amazônia brasileira (Domingues e Bermann, 2012, Vera-Diaz et al., 2008). Um conjunto de fatores que influenciou o mercado nacional e internacional, por meio de um processo de globalização, combinado com a crescente demanda por soja, baixos preços das terras e melhor infraestrutura de transporte do sudeste da Amazônia levou grandes empresas de soja a investir em instalações de armazenamento e processamento na região e, consequentemente, acelerou a taxa na qual a agricultura está substituindo as florestas nativas (Domingues e Bermann, 2012; Nepstad et al., 2006; Vera-Diaz et al., 2008). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.1 Ecosystem conversion | 2.2.3 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da pecuária extensiva (Charity et al., 2016). O aumento do desmatamento entre 2002-2004 foi, principalmente, resultado do crescimento do rebanho bovino, que cresceu 11% ao ano de 1997 até o nível de 33 milhões em 2004, incluindo apenas aqueles municípios da Amazônia com florestas de dossel fechado compreendendo pelo menos 50% de sua vegetação nativa (Nepstad et al., 2006). Segundo Nepstad et al. (2006) a indústria pecuária da Amazônia, responsável por mais de dois terços do desmatamento anual, esteve temporariamente fora do mercado internacional devido a presença de febre aftosa na região. Contudo, o status de livre de febre aftosa conferido a uma grande região florestal (1,5 milhão de km²) no sul da Amazônia seja, talvez, a mudança mais importante que fortaleceu o papel dos mercados na promoção da expansão da indústria pecuária na Amazônia (Nepstad et al., 2006). | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 3.2 Mining & quarrying | habitat | past,present,future | regional | medium |
Na Amazônia, ocorre degradação florestal por conta da mineração (Joly et al., 2019). A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da mineração (Charity et al., 2016). A mineração representou 9% do desmatamento na floresta amazônica entre 2005 e 2015. Contudo, os impactos da atividade de mineração podem se estender até 70 km além dos limites de concessão da mina, aumentando significativamente a taxa de desmatamento por meio do estabelecimento de infraestrutura (para mineração e transporte) e expansão urbana (Sonter et al., 2017). De acordo com Veiga e Hinton (2002), as atividades de mineração artesanal também têm gerado um legado de extensa degradação ambiental, tanto durante as operações quanto após as atividades cessarem, sendo um dos impactos ambientais mais significativos derivado do uso de mercúrio no garimpo de ouro. | |||||
Referências:
|
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
---|---|---|---|---|---|
1.2 Ecosystem degradation | 4.1 Roads & railroads | habitat | past,present,future | regional | medium |
A constante expansão de estradas é um fator que contribui para a degradação florestal na Amazônia (Joly et al., 2019). A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da infraestrutura rodoviárias (Charity et al., 2016). | |||||
Referências:
|
Ação | Situação |
---|---|
1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi documentada dentro dos limites do Parque Nacional do Pico da Nablina (PI). |
Uso | Proveniência | Recurso |
---|---|---|
17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |